Sismo no Haiti

Um sismo, na noite de terça-feira, (dia 12 de Janeiro), abalou a região do Haiti, deixando a sua capital Port-au-Prince completamente destruída.

Este sismo, de magnitude 7,3 na escala de Richter, afectou cerca de três milhões de pessoas, tirando-lhes as suas habitações, edifícios públicos e familiares.

As previsões têm vindo a apontar para mais de 50 mil mortos e 250 mim feridos.

A recuperação do país pode demorar imenso tempo, pois as placas tectónicas Norte-Americana e das Caraíbas ainda não estabilizaram. A par desta situação, as principais infraestrurturas do país ficaram completamente destruídas, incluindo os hospitais. Entretanto, a ajuda internacional tem chegado em força ao país, mas, mesmo assim, não parece ser suficiente. Neste momento, estima-se que estejam no Haiti equipas de salvamento, equipas médicas, soldados e outras organizações de ajuda vindas de todos os cantos do mundo. No entanto, perante o desespero da população sobrevivente, há quem queira ajudar e não possa, pois algumas pessoas desesperadas têm pilhado os alimentos que se destinam à distribuição pela população.

Nas ruas do Haiti, amontoam-se milhares de cadáveres e de pessoas desalojadas. Todas as ajudas serão bem-vindas, pois muito há ainda para fazer no sentido de ajudar este país, o mais pobre do hemisfério norte, a renascer dos escombros.



Importa ainda salientar que, mesmo antes deste desastre natural, cerca de 80% da população do Haiti vivia na miséria absoluta e os restante 20% pretencem à classe alta, não existindo classe média. Cerca de 60% da população não tem emprego. Para além disso, a madeira consiste no principal combustível do país, motivo pelo qual se tem procedido a uma contínua desflorestação do território haitiano, o que explica a infertilidade dos solos e a devastação provocada pelas catástrofes naturais que têm assolado aquele país. Trata-se, portanto, de um país que vai necessitar e muito da ajuda internacional para poder iniciar a sua reconstrução de uma forma sustentada.